No eixo 9 a proposta foi à construção do Trabalho de Conclusão de Curso. Esse foi o trabalho mais difícil de ser elaborado, pois não tivemos uma Interdisciplina que nos preparasse para essa construção, além de termos pouco tempo para pesquisar e desenvolver todo o trabalho. Porém, ao mesmo tempo, foi muito gratificante escrever sobre um tema em que sempre acreditei, desenvolver uma pesquisa de campo, ler e refletir sobre as teorias a esse respeito e confirmar que a escola deve voltar-se para a qualidade das suas relações, valorizando o desenvolvimento afetivo e social e não apenas o cognitivo, como elementos fundamentais no desenvolvimento da criança e do jovem. As relações de mediação feitas pelo professor devem ser sempre baseadas por sentimentos de respeito, aceitação e valorização do aluno, pois esses sentimentos marcam a relação do aluno com o objeto de conhecimento e elevam sua auto-estima , fortalecendo a confiança em suas capacidades.
De acordo com Rodrigues a aprendizagem escolar depende, basicamente, dos motivos intrínsecos: uma criança aprende melhor e mais depressa quando se sente querida, está segura de si e é tratada como um ser singular (...). Se a tarefa escolar atender aos seus impulsos para a exploração e a descoberta, se o tédio e a monotonias forem banidos da escola, se o professor, além de falar, souber ouvir e se propiciar experiências diversas, a aprendizagem infantil será melhor, mais rápida e mais persistente. Os motivos da criança para aprender são os mesmos motivos que ela tem para viver. Eles não se dissociam de suas características físicas, motoras, afetivas e psicológicas do desenvolvimento (RODRIGUES, 1976, p.174).
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
TCC x Eixo 8
No eixo 8 trabalhamos com o Estágio Supervisionado, abaixo trago um recorte de uma reflexão semanal sobre uma atividade realizada com a turma 932- 3° ano do Ensino Fundamental:
As crianças fizeram suas pesquisas na internet sobre os hábitos de higiene, assistiram dois vídeos sobre o tema, jogaram joguinhos envolvendo o cuidado com os dentes, com o corpo e com o ambiente onde vivem. Refletiram sobre suas pesquisas e construíram cartazes com suas descobertas. Apresentaram seus trabalhos para os colegas, que interagiram relatando suas experiências e responderam aos questionamentos feitos pela professora. Na hora de formar os grupos par dar continuidade à proposta de construir uma história sobre o tema, confeccionar os personagens e apresentar, surgiu um conflito. Um menino disse: “Prô, tu poderia formar os grupos." Questionei por que, afinal eles sempre escolhem seus grupos. Ele respondeu que havia alguns colegas que sempre ficavam juntos e que ele achava melhor trocar os grupos e trabalhar com outros colegas. Perguntei à turma se concordavam, a maioria disse que sim. Questionei sobre o que poderíamos fazer, disseram que era melhor a professora escolher. Sugeri então, que fizéssemos um sorteio. Aceitaram a proposta e trabalharam nos grupos com interação e colaboração, mas algumas crianças me perguntam muitas decisões que precisam tomar, ainda não conseguem decidir isso no grupo, precisam da aprovação da professora. Sempre devolvo a pergunta dizendo que precisam decidir juntos o que será melhor para o grupo.
Na escola, desde os tempos mais antigos, as crianças não são estimuladas a pensar e tomar decisões, ao contrário, são levadas a obedecer e dar respostas prontas, memorizadas.
Por isso através do trabalho em grupo, do respeito à opinião das crianças, das reflexões proporcionadas pelos questionamentos e da relação afetiva entre professor e aluno é possível o desenvolvimento da autonomia. Sobre isso Célia Barros dos diz: “Quando os adultos não castigam as crianças por seus erros, mas usam diálogo, trocando pontos de vista com elas, estão desenvolvendo a sua autonomia, a capacidade de tomar decisões por si mesmas, levando em consideração o ponto de vista das outras pessoas. As crianças que são estimuladas a tomar decisões são encorajadas a pensar. O oposto da autonomia é a heteronomia: seguir as opiniões de outras pessoas. Muitos adultos não se desenvolveram, mantiveram-se intelectualmente heterônomos e acreditam no que lhes dizem, sem fazer perguntas. Aceitam conclusões ilógicas, slogans e propagandas, sem questioná-los” . (Barros, 1996, pág. 33).
Através das atividades lúdicas, as crianças aprendem com prazer. No momento em que as crianças foram autoras das histórias, construíram seus personagens e apresentaram seus trabalhos estavam desenvolvendo a imaginação, a criatividade, fazendo relações com suas realidades e principalmente estavam sendo sujeitos ativos na construção de suas aprendizagens , desenvolvendo a autonomia.
Nessa reflexão semanal fica claro a importância da afetividade na relação professor-aluno, pois, a afetividade na relação professor-aluno não se restringe apenas ao contato físico, já que essas trocas afetivas vão tornando-se mais complexas e sendo substituídas pelo respeito, pela compreensão, pelas trocas, pelo diálogo, ou seja, cabe ao professor oferecer possibilidades ao aluno para realizar as atividades de acordo com suas possibilidades e com confiança em sua capacidade.
De acordo com Fernandez (1991) toda aprendizagem está impregnada de afetividade, já que ocorre a partir das interações sociais, num processo vinculado. Na aprendizagem escolar, a relação entre alunos, professores, conteúdo escolar, livros e escrita, não se dá puramente no campo cognitivo. Existe uma base afetiva permeando essas relações, visto que, para aprender é necessário um vínculo de confiança entre quem ensina e quem aprende. O processo de ensino e aprendizagem é complexo e pode trazer tanto para o educador quanto para o educando momentos de alegrias, angústias, tristezas, mas também de grandes realizações.
As crianças fizeram suas pesquisas na internet sobre os hábitos de higiene, assistiram dois vídeos sobre o tema, jogaram joguinhos envolvendo o cuidado com os dentes, com o corpo e com o ambiente onde vivem. Refletiram sobre suas pesquisas e construíram cartazes com suas descobertas. Apresentaram seus trabalhos para os colegas, que interagiram relatando suas experiências e responderam aos questionamentos feitos pela professora. Na hora de formar os grupos par dar continuidade à proposta de construir uma história sobre o tema, confeccionar os personagens e apresentar, surgiu um conflito. Um menino disse: “Prô, tu poderia formar os grupos." Questionei por que, afinal eles sempre escolhem seus grupos. Ele respondeu que havia alguns colegas que sempre ficavam juntos e que ele achava melhor trocar os grupos e trabalhar com outros colegas. Perguntei à turma se concordavam, a maioria disse que sim. Questionei sobre o que poderíamos fazer, disseram que era melhor a professora escolher. Sugeri então, que fizéssemos um sorteio. Aceitaram a proposta e trabalharam nos grupos com interação e colaboração, mas algumas crianças me perguntam muitas decisões que precisam tomar, ainda não conseguem decidir isso no grupo, precisam da aprovação da professora. Sempre devolvo a pergunta dizendo que precisam decidir juntos o que será melhor para o grupo.
Na escola, desde os tempos mais antigos, as crianças não são estimuladas a pensar e tomar decisões, ao contrário, são levadas a obedecer e dar respostas prontas, memorizadas.
Por isso através do trabalho em grupo, do respeito à opinião das crianças, das reflexões proporcionadas pelos questionamentos e da relação afetiva entre professor e aluno é possível o desenvolvimento da autonomia. Sobre isso Célia Barros dos diz: “Quando os adultos não castigam as crianças por seus erros, mas usam diálogo, trocando pontos de vista com elas, estão desenvolvendo a sua autonomia, a capacidade de tomar decisões por si mesmas, levando em consideração o ponto de vista das outras pessoas. As crianças que são estimuladas a tomar decisões são encorajadas a pensar. O oposto da autonomia é a heteronomia: seguir as opiniões de outras pessoas. Muitos adultos não se desenvolveram, mantiveram-se intelectualmente heterônomos e acreditam no que lhes dizem, sem fazer perguntas. Aceitam conclusões ilógicas, slogans e propagandas, sem questioná-los” . (Barros, 1996, pág. 33).
Através das atividades lúdicas, as crianças aprendem com prazer. No momento em que as crianças foram autoras das histórias, construíram seus personagens e apresentaram seus trabalhos estavam desenvolvendo a imaginação, a criatividade, fazendo relações com suas realidades e principalmente estavam sendo sujeitos ativos na construção de suas aprendizagens , desenvolvendo a autonomia.
Nessa reflexão semanal fica claro a importância da afetividade na relação professor-aluno, pois, a afetividade na relação professor-aluno não se restringe apenas ao contato físico, já que essas trocas afetivas vão tornando-se mais complexas e sendo substituídas pelo respeito, pela compreensão, pelas trocas, pelo diálogo, ou seja, cabe ao professor oferecer possibilidades ao aluno para realizar as atividades de acordo com suas possibilidades e com confiança em sua capacidade.
De acordo com Fernandez (1991) toda aprendizagem está impregnada de afetividade, já que ocorre a partir das interações sociais, num processo vinculado. Na aprendizagem escolar, a relação entre alunos, professores, conteúdo escolar, livros e escrita, não se dá puramente no campo cognitivo. Existe uma base afetiva permeando essas relações, visto que, para aprender é necessário um vínculo de confiança entre quem ensina e quem aprende. O processo de ensino e aprendizagem é complexo e pode trazer tanto para o educador quanto para o educando momentos de alegrias, angústias, tristezas, mas também de grandes realizações.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Eixo 7 x TCC
Na Intercisciplina de Seminário Integrador VII refletimos sobre um texto de Humberto Maturana,onde o tema do texto possui uma relação direta com o tema do TCC- afetividade, emoções. Abaixo faço um recorte de um Forum onde discutimos o texto:
21/09/2009 23:24:21
Ligia Regina dos Passos
O texto Aprendizagem como transformação estrutural na convivência (Humberto Maturana) de REAL (2007) traz uma reflexão interessante sobre as emoções, pois se pensarmos no dia-a-dia da sala de aula, a relação entre professores e alunos pode facilitar ou dificultar a aprendizagem dependendo dessas emoções, que podem estar baseadas no medo ou no amor. Também, dependendo da emoção nessa relação, pode-se desenvolver a solidariedade e a cooperação que geram aceitação do outro ou o egoísmo e a competição que geram a rejeição do outro.
Esse trecho possui uma forte relação com meu TCC, pois segundo Rodrigues (1976,p.173), os motivos humanos para aprender qualquer coisa são profundamente interiores. A criança deseja aprender quando há em si motivos profundamente humanos que desencadeiem tais aprendizagens. Considerando esta afirmação, o autor salienta que, a aprendizagem escolar depende, basicamente, dos motivos intrínsecos: uma criança aprende melhor e mais depressa quando se sente querida, está segura de si e é tratada como um ser singular (...). Se a tarefa escolar atender aos seus impulsos para a exploração e a descoberta, se o tédio e a monotonias forem banidos da escola, se o professor, além de falar, souber ouvir e se propiciar experiências diversas, a aprendizagem infantil será melhor, mais rápida e mais persistente. Os motivos da criança para aprender são os mesmos motivos que ela tem para viver. Eles não se dissociam de suas características físicas, motoras, afetivas e psicológicas do desenvolvimento (RODRIGUES, 1976, p.174)
21/09/2009 23:24:21
Ligia Regina dos Passos
O texto Aprendizagem como transformação estrutural na convivência (Humberto Maturana) de REAL (2007) traz uma reflexão interessante sobre as emoções, pois se pensarmos no dia-a-dia da sala de aula, a relação entre professores e alunos pode facilitar ou dificultar a aprendizagem dependendo dessas emoções, que podem estar baseadas no medo ou no amor. Também, dependendo da emoção nessa relação, pode-se desenvolver a solidariedade e a cooperação que geram aceitação do outro ou o egoísmo e a competição que geram a rejeição do outro.
Esse trecho possui uma forte relação com meu TCC, pois segundo Rodrigues (1976,p.173), os motivos humanos para aprender qualquer coisa são profundamente interiores. A criança deseja aprender quando há em si motivos profundamente humanos que desencadeiem tais aprendizagens. Considerando esta afirmação, o autor salienta que, a aprendizagem escolar depende, basicamente, dos motivos intrínsecos: uma criança aprende melhor e mais depressa quando se sente querida, está segura de si e é tratada como um ser singular (...). Se a tarefa escolar atender aos seus impulsos para a exploração e a descoberta, se o tédio e a monotonias forem banidos da escola, se o professor, além de falar, souber ouvir e se propiciar experiências diversas, a aprendizagem infantil será melhor, mais rápida e mais persistente. Os motivos da criança para aprender são os mesmos motivos que ela tem para viver. Eles não se dissociam de suas características físicas, motoras, afetivas e psicológicas do desenvolvimento (RODRIGUES, 1976, p.174)
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Tcc x Eixo 6
Na Interdisciplina de Filosofia da Educação refletimos sobre o texto Educação após Auschwitz. Abaixo apresento um texto que escrevi, como proposta de um trabalho, após a leitura e reflexões feitas nos fóruns, que tem uma grande relação com o tema a importância da afetividade na educação.
“Diante de uma sociedade que promove a desigualdade social e da prática de uma educação ainda muito autoritária, onde grande parte dos educadores acreditam ser os donos do saber, o texto de Adorno evidencia uma grande preocupação, ou seja, impedir o retorno à barbárie.
Adorno relaciona a barbárie com o nazismo, pois nele a violência física tornou-se algo comum e essa foi sua preocupação, que isso voltasse a acontecer e a violência se tornasse comum na vida das pessoas.
Infelizmente a educação, desde os tempos mais antigos, assumiu um papel de manipulação das pessoas em favor de uma classe dominante, gerando o autoritarismo e formando as pessoas passivas, aceitando tudo aquilo que era imposto e assim vem acontecendo até os dias de hoje.
Evitar a volta da barbárie não depende apenas de mudanças na educação, mas sim nas relações sociais das pessoas em casa, no trabalho, na escola, nos movimentos sociais, na luta política contra a dominação, ou seja, o processo de libertação humana depende desse conjunto de mudanças. A educação sozinha não tem chance de lutar contra a barbárie burocratizada que mantém o sistema, mas a educação tem chance sim de formar a consciência critica de cada individuo, possibilitando a formação de pessoas com autonomia e autodeterminação para que se tornem agentes de transformação social pensando nas relações humanas, na preocupação com o outro, tendo a consciência de que o outro não é uma “coisa”, mas um ser humano que merece e deve ser respeitado.
Diariamente, através da mídia e de nossas vivências pessoais, observamos casos de agressões e de violência ao nosso redor, mas não podemos aceitar isso como algo natural. Para isso cada um precisa fazer a sua parte, ou seja, o governo oferecer condições dignas de trabalho, os pais educarem seus filhos com limites, diálogo e amor, os educadores entenderem que a educação não é meramente transmissão de conteúdos e a comunidade integrar-se na sociedade com uma participação efetiva.
A escola precisa, desde a educação infantil, incentivar a boa convivência, a solidariedade, a cooperação, o respeito, a tolerância, pois são práticas de convivência fundamentais na formação do ser humano que, caso não sejam estimuladas, geram o individualismo, a necessidade de ser melhor do que os outros, nem que seja através da brutalidade ou da agressão.
Refletindo sobre o texto, pensei na relação possível com outras interdisciplinas que estamos estudando como os Projetos de Aprendizagem, no Seminário Integrador, estes seriam meios de aprendizagem dinâmicos, baseados no interesse do aluno, que proporcionam a ele participar do seu processo de construção da aprendizagem, mudando a concepção de autoritarismo, onde tudo parte do professor. Também foi possível relacionar com a Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e Questões Étnico-raciais, pois a escola de hoje precisa mudar seu olhar em relação à diversidade, entendendo que os alunos não aprendem todos a mesma coisa ao mesmo tempo, mas cada um vai construindo sua aprendizagem e que é necessário reconhecer nas diferenças uma possibilidade de trocas, saber explorar a riqueza de cada diferença.
Enfim é preciso que o ser humano não considere a agressão como uma atitude normal, mas sinta vergonha de qualquer tipo de agressão, seja ela física, psicológica, preconceituosa ou qualquer outra para que Auschwitz não se repita.”
Relacionando o texto ao TCC é possível compreender a necessidade da afetividade na relação entre professor-aluno e entre toda a comunidade escolar como forma de respeito mútuo entre todos e de cooperação para o desenvolvimento da aprendizagem.
Os problemas de aprendizagem são de fato difíceis de serem compreendidos. No entanto, para avançar na compreensão do não aprender, um primeiro passo é olhar para a criança ou para o jovem em sua totalidade afetiva e cognitiva, conforme sugere a teoria piagetiana, ao considerar a afetividade e a inteligência como aspectos inseparáveis, irredutíveis e complementares da conduta humana.
“Diante de uma sociedade que promove a desigualdade social e da prática de uma educação ainda muito autoritária, onde grande parte dos educadores acreditam ser os donos do saber, o texto de Adorno evidencia uma grande preocupação, ou seja, impedir o retorno à barbárie.
Adorno relaciona a barbárie com o nazismo, pois nele a violência física tornou-se algo comum e essa foi sua preocupação, que isso voltasse a acontecer e a violência se tornasse comum na vida das pessoas.
Infelizmente a educação, desde os tempos mais antigos, assumiu um papel de manipulação das pessoas em favor de uma classe dominante, gerando o autoritarismo e formando as pessoas passivas, aceitando tudo aquilo que era imposto e assim vem acontecendo até os dias de hoje.
Evitar a volta da barbárie não depende apenas de mudanças na educação, mas sim nas relações sociais das pessoas em casa, no trabalho, na escola, nos movimentos sociais, na luta política contra a dominação, ou seja, o processo de libertação humana depende desse conjunto de mudanças. A educação sozinha não tem chance de lutar contra a barbárie burocratizada que mantém o sistema, mas a educação tem chance sim de formar a consciência critica de cada individuo, possibilitando a formação de pessoas com autonomia e autodeterminação para que se tornem agentes de transformação social pensando nas relações humanas, na preocupação com o outro, tendo a consciência de que o outro não é uma “coisa”, mas um ser humano que merece e deve ser respeitado.
Diariamente, através da mídia e de nossas vivências pessoais, observamos casos de agressões e de violência ao nosso redor, mas não podemos aceitar isso como algo natural. Para isso cada um precisa fazer a sua parte, ou seja, o governo oferecer condições dignas de trabalho, os pais educarem seus filhos com limites, diálogo e amor, os educadores entenderem que a educação não é meramente transmissão de conteúdos e a comunidade integrar-se na sociedade com uma participação efetiva.
A escola precisa, desde a educação infantil, incentivar a boa convivência, a solidariedade, a cooperação, o respeito, a tolerância, pois são práticas de convivência fundamentais na formação do ser humano que, caso não sejam estimuladas, geram o individualismo, a necessidade de ser melhor do que os outros, nem que seja através da brutalidade ou da agressão.
Refletindo sobre o texto, pensei na relação possível com outras interdisciplinas que estamos estudando como os Projetos de Aprendizagem, no Seminário Integrador, estes seriam meios de aprendizagem dinâmicos, baseados no interesse do aluno, que proporcionam a ele participar do seu processo de construção da aprendizagem, mudando a concepção de autoritarismo, onde tudo parte do professor. Também foi possível relacionar com a Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e Questões Étnico-raciais, pois a escola de hoje precisa mudar seu olhar em relação à diversidade, entendendo que os alunos não aprendem todos a mesma coisa ao mesmo tempo, mas cada um vai construindo sua aprendizagem e que é necessário reconhecer nas diferenças uma possibilidade de trocas, saber explorar a riqueza de cada diferença.
Enfim é preciso que o ser humano não considere a agressão como uma atitude normal, mas sinta vergonha de qualquer tipo de agressão, seja ela física, psicológica, preconceituosa ou qualquer outra para que Auschwitz não se repita.”
Relacionando o texto ao TCC é possível compreender a necessidade da afetividade na relação entre professor-aluno e entre toda a comunidade escolar como forma de respeito mútuo entre todos e de cooperação para o desenvolvimento da aprendizagem.
Os problemas de aprendizagem são de fato difíceis de serem compreendidos. No entanto, para avançar na compreensão do não aprender, um primeiro passo é olhar para a criança ou para o jovem em sua totalidade afetiva e cognitiva, conforme sugere a teoria piagetiana, ao considerar a afetividade e a inteligência como aspectos inseparáveis, irredutíveis e complementares da conduta humana.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
TCC X Eixo 5
Na interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental trabalhamos sobre Currículo, Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico. A seguir destaco algumas reflexões feitas durante o semestre a partir da leitura do texto Organização Curricular da Escola e Avaliação da Aprendizagem de Maria Beatriz Gomes da Silva:
“Durante a realização desse trabalho, analisando o PPP e o Regimento da escola Nossa Senhora Aparecida e lendo o texto Organização Curricular da Escola e Avaliação da Aprendizagem de Maria Beatriz Gomes da Silva, refleti sobre o que realmente acontece no nosso dia-a-dia e acredito que temos muitas coisas importantes escritas que, infelizmente, não acontecem na prática. Por exemplo “a escola se propõe a romper com a fragmentação do conhecimento através de um planejamento coletivo...” Está escrito no PPP, mas na prática ainda há muita fragmentação e trabalho individualizado dos professores
Acredito que o Currículo precisa de mais flexibilidade, o que já existe, pois de acordo com o texto “Esta flexibilidade contida na atual LDB, apesar de mais de dez anos de sua promulgação, ainda representa algo novo para as escolas e para os profissionais da educação...”, ou seja, para muitos é preferível ficar com suas certezas do que enfrentar os novos desafios e assim continuam trabalhando da mesma forma e ao mesmo tempo com todos, sem respeitar a individualidade do aluno.
Muitos professores questionam a avaliação e começam a lançar um novo olhar sobre esse tema, entendendo a avaliação como uma forma de orientar os alunos em suas dificuldades, mas muitos ainda utilizam apenas a aplicação de instrumentos para verificação da quantidade de informações que os alunos receberam, tratando-os de maneira fria, sem levar em conta o lado humano e, talvez, por isso temos tantos problemas com a disciplina dos alunos.
Acredito que na escola onde trabalho é necessário trabalhar mais de forma coletiva e interdisciplinar, buscando articulações entre todos os segmentos da escola, com um currículo mais flexível, de forma mais humana e compreendendo a avaliação como um processo que ocorre no dia-a-dia, com o objetivo de orientar o aluno e ajuda-lo na superação de suas dificuldades.”
Relacionando ao tema do TCC é possível observar o quanto falta ainda em nossas escolas a afetividade na relação entre professor e aluno, o quanto falta o lado humano, entendendo que o aluno não é um número e nem alguém que deve simplesmente ouvir e obedecer. Sendo respeitado, ele aprenderá a respeitar. Sendo ouvido, ele aprenderá a ouvir, sendo questionado e levado a pensar, fará descobertas e sentirá prazer em aprender, estará motivado.
Segundo Moran (2007) A educação está baseada mais no controle do que no afeto, no autoritarismo do que na colaboração. Nossas escolas, nosso governo, nossos negócios estão permeados da visão de que nem o indivíduo nem o grupo são dignos de confiança. Deve existir poder sobre eles, poder para controlar. O sistema hierárquico é inerente a toda a nossa cultura.
No entanto a afetividade é um componente básico do conhecimento e está ligado ao sensorial e ao intuitivo. A afetividade se manifesta no clima de acolhimento, empatia, da compreensão para consigo mesmo, para com os outros e com o objeto de conhecimento. A afetividade dinamiza as interações, as trocas, a busca, os resultados, promove a união e propicia um ambiente favorável a construção da aprendizagem.
“Durante a realização desse trabalho, analisando o PPP e o Regimento da escola Nossa Senhora Aparecida e lendo o texto Organização Curricular da Escola e Avaliação da Aprendizagem de Maria Beatriz Gomes da Silva, refleti sobre o que realmente acontece no nosso dia-a-dia e acredito que temos muitas coisas importantes escritas que, infelizmente, não acontecem na prática. Por exemplo “a escola se propõe a romper com a fragmentação do conhecimento através de um planejamento coletivo...” Está escrito no PPP, mas na prática ainda há muita fragmentação e trabalho individualizado dos professores
Acredito que o Currículo precisa de mais flexibilidade, o que já existe, pois de acordo com o texto “Esta flexibilidade contida na atual LDB, apesar de mais de dez anos de sua promulgação, ainda representa algo novo para as escolas e para os profissionais da educação...”, ou seja, para muitos é preferível ficar com suas certezas do que enfrentar os novos desafios e assim continuam trabalhando da mesma forma e ao mesmo tempo com todos, sem respeitar a individualidade do aluno.
Muitos professores questionam a avaliação e começam a lançar um novo olhar sobre esse tema, entendendo a avaliação como uma forma de orientar os alunos em suas dificuldades, mas muitos ainda utilizam apenas a aplicação de instrumentos para verificação da quantidade de informações que os alunos receberam, tratando-os de maneira fria, sem levar em conta o lado humano e, talvez, por isso temos tantos problemas com a disciplina dos alunos.
Acredito que na escola onde trabalho é necessário trabalhar mais de forma coletiva e interdisciplinar, buscando articulações entre todos os segmentos da escola, com um currículo mais flexível, de forma mais humana e compreendendo a avaliação como um processo que ocorre no dia-a-dia, com o objetivo de orientar o aluno e ajuda-lo na superação de suas dificuldades.”
Relacionando ao tema do TCC é possível observar o quanto falta ainda em nossas escolas a afetividade na relação entre professor e aluno, o quanto falta o lado humano, entendendo que o aluno não é um número e nem alguém que deve simplesmente ouvir e obedecer. Sendo respeitado, ele aprenderá a respeitar. Sendo ouvido, ele aprenderá a ouvir, sendo questionado e levado a pensar, fará descobertas e sentirá prazer em aprender, estará motivado.
Segundo Moran (2007) A educação está baseada mais no controle do que no afeto, no autoritarismo do que na colaboração. Nossas escolas, nosso governo, nossos negócios estão permeados da visão de que nem o indivíduo nem o grupo são dignos de confiança. Deve existir poder sobre eles, poder para controlar. O sistema hierárquico é inerente a toda a nossa cultura.
No entanto a afetividade é um componente básico do conhecimento e está ligado ao sensorial e ao intuitivo. A afetividade se manifesta no clima de acolhimento, empatia, da compreensão para consigo mesmo, para com os outros e com o objeto de conhecimento. A afetividade dinamiza as interações, as trocas, a busca, os resultados, promove a união e propicia um ambiente favorável a construção da aprendizagem.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
TCC x Eixo 4
A afetividade afeta diretamente no processo de aprendizagem como um elemento motivador e facilitador desse processo. Porém muitos professores negligenciam os aspectos afetivos, dando ênfase apenas aos aspectos cognitivos. Dessa forma a pesquisa do TCC tem como questão norteadora: De que maneira a relação professor-aluno interfere no processo ensino aprendizagem?
A afetividade está relacionada com o respeito, a compreensão, as trocas, o diálogo, ou seja,aprender a sentir é fundamental, pois muitos professores estão perdendo a sensibilidade em troca, unicamente, da cognição. Dessa forma cabe ao professor oferecer possibilidades ao aluno para realizar as atividades de acordo com suas possibilidades e com confiança em sua capacidade.
Todas essas atitudes relacionadas com a afetividade foram enfatizadas nas interdisciplinas do Eixo 4. Nas interdisciplinas de Representação do Mundo pela Matemática, pelos Estudos Sociais e pelas Ciências refletimos sobre a necessidade do aluno pensar, ser desafiado a buscar respostas e discuti-las com os colegas, partir da ação e reflexão sobre essa ação para depois construir conceitos, como no recorte abaixo feito em um trabalho de Representação do mundo pelas ciências:
Normalmente o ensino de Ciências acontece como transmissão de informações, onde o aluno repete o que o professor ensinou. Nessa forma de trabalhar não é levado em conta o conhecimento que a criança já possui ao entrar na escola, conhecimento esse adquirido em suas vivências no seu dia-a-dia, ou seja, o ensino parte da teoria para os exemplos, enquanto deveria começar pelos exemplos trazidos pelas crianças, onde elas tivessem a oportunidade de questionar, refletir, explorar, formular hipóteses e assim a escola iria sistematizar essas informações para desenvolver o conhecimento científico.De acordo com o texto Repensando o ensino de Ciências a partir de novas histórias da ciência “É a partir dos problemas e interesses de nossos estudantes que podemos integrar novas informações e conceitos, ampliando aquelas visões iniciais. A escola, geralmente por desconhecer os conhecimentos prévios dos estudantes, simplesmente justapõe novas informações às preexistentes sem chegar a transformá-las”.
Em Estudos Sociais, outro recorte importante retirado de um trabalho:
Na atualidade, cada vez mais vemos os professores angustiados em não perder tempo, uma vez que os currículos parecem privilegiar cada vez mais a quantidade de matérias a serem trabalhadas. Entre essas matérias encontramos os Estudos Sociais, meio esquecido ou deixado em segundo plano, já que a grande preocupação fica por conta da leitura e da escrita. De acordo com Maria Aparecida Bergamaschi “Planejar um trabalho pedagógico que envolva escrita e leitura já não seria suficiente nas séries iniciais?”.
Hoje, após nossos estudos e reflexões, precisamos, como professores, promover uma educação voltada para o desenvolvimento de competências que preparem o aluno para compreender e intervir no mundo em que vive. Para isso podemos trabalhar, igualmente e de forma integrada todas as disciplinas, iniciando em Estudos Sociais com o resgate da memória individual e coletiva dos alunos, levando-os a participarem da construção de sua aprendizagem e do processo histórico em que estão inseridos.
Em Matemática destaco uma parte de uma reflexão:
Relacionando com os conceitos abordados, posso afirmar que o uso do material concreto é importante para formação de noções matemáticas, mas o que falta em nossa prática é a reflexão, pois as crianças não aprendem apenas manipulando objetos, mas refletindo sobre essa atuação com os objetos.
Precisamos contextualizar a matemática com o ambiente em que o aluno está inserido, fazer relações com esse meio e através do conhecimento da criança propor desafios para ela pensar e construir sua aprendizagem. Aos poucos vamos sistematizando aquilo que a criança já utiliza em seu dia-a-dia.
Todos esses exemplos estão diretamente relacionados ao tema da afetividade, pois para que seja possível essa renovação metodológica, primeiramente é necessário que o professor pare para ouvir seu aluno, conhecer sua realidade, trabalhar com a pedagogia da pergunta, pois é a partir daí que surge a curiosidade e a motivação para a pesquisa, buscando respostas e construindo conceitos e aprendizagens. Acredito que isso é afetividade, trocar, respeitar, dialogar, aprender junto com o aluno, assumindo um novo papel, o de mediador do conhecimento.
Vasconcelos (1994) entende que a influência do professor em sala de aula é muito grande, seja positiva ou negativa. Não tanto pelo conteúdo que ministra, mas muito mais pelo que ele é como pessoa e pelo seu relacionamento com os alunos.
O professor afetivo é aquele que desenvolve estratégias pedagógicas, educativas, dinâmicas e criativas, demonstra prazer em ensinar, estimulando os alunos e envolvendo-os nas decisões e nos trabalhos do grupo. O professor deve estar centrado na pessoa do aluno, compreendendo suas principais necessidades e incluindo-as no planejamento do ensino.
A afetividade está relacionada com o respeito, a compreensão, as trocas, o diálogo, ou seja,aprender a sentir é fundamental, pois muitos professores estão perdendo a sensibilidade em troca, unicamente, da cognição. Dessa forma cabe ao professor oferecer possibilidades ao aluno para realizar as atividades de acordo com suas possibilidades e com confiança em sua capacidade.
Todas essas atitudes relacionadas com a afetividade foram enfatizadas nas interdisciplinas do Eixo 4. Nas interdisciplinas de Representação do Mundo pela Matemática, pelos Estudos Sociais e pelas Ciências refletimos sobre a necessidade do aluno pensar, ser desafiado a buscar respostas e discuti-las com os colegas, partir da ação e reflexão sobre essa ação para depois construir conceitos, como no recorte abaixo feito em um trabalho de Representação do mundo pelas ciências:
Normalmente o ensino de Ciências acontece como transmissão de informações, onde o aluno repete o que o professor ensinou. Nessa forma de trabalhar não é levado em conta o conhecimento que a criança já possui ao entrar na escola, conhecimento esse adquirido em suas vivências no seu dia-a-dia, ou seja, o ensino parte da teoria para os exemplos, enquanto deveria começar pelos exemplos trazidos pelas crianças, onde elas tivessem a oportunidade de questionar, refletir, explorar, formular hipóteses e assim a escola iria sistematizar essas informações para desenvolver o conhecimento científico.De acordo com o texto Repensando o ensino de Ciências a partir de novas histórias da ciência “É a partir dos problemas e interesses de nossos estudantes que podemos integrar novas informações e conceitos, ampliando aquelas visões iniciais. A escola, geralmente por desconhecer os conhecimentos prévios dos estudantes, simplesmente justapõe novas informações às preexistentes sem chegar a transformá-las”.
Em Estudos Sociais, outro recorte importante retirado de um trabalho:
Na atualidade, cada vez mais vemos os professores angustiados em não perder tempo, uma vez que os currículos parecem privilegiar cada vez mais a quantidade de matérias a serem trabalhadas. Entre essas matérias encontramos os Estudos Sociais, meio esquecido ou deixado em segundo plano, já que a grande preocupação fica por conta da leitura e da escrita. De acordo com Maria Aparecida Bergamaschi “Planejar um trabalho pedagógico que envolva escrita e leitura já não seria suficiente nas séries iniciais?”.
Hoje, após nossos estudos e reflexões, precisamos, como professores, promover uma educação voltada para o desenvolvimento de competências que preparem o aluno para compreender e intervir no mundo em que vive. Para isso podemos trabalhar, igualmente e de forma integrada todas as disciplinas, iniciando em Estudos Sociais com o resgate da memória individual e coletiva dos alunos, levando-os a participarem da construção de sua aprendizagem e do processo histórico em que estão inseridos.
Em Matemática destaco uma parte de uma reflexão:
Relacionando com os conceitos abordados, posso afirmar que o uso do material concreto é importante para formação de noções matemáticas, mas o que falta em nossa prática é a reflexão, pois as crianças não aprendem apenas manipulando objetos, mas refletindo sobre essa atuação com os objetos.
Precisamos contextualizar a matemática com o ambiente em que o aluno está inserido, fazer relações com esse meio e através do conhecimento da criança propor desafios para ela pensar e construir sua aprendizagem. Aos poucos vamos sistematizando aquilo que a criança já utiliza em seu dia-a-dia.
Todos esses exemplos estão diretamente relacionados ao tema da afetividade, pois para que seja possível essa renovação metodológica, primeiramente é necessário que o professor pare para ouvir seu aluno, conhecer sua realidade, trabalhar com a pedagogia da pergunta, pois é a partir daí que surge a curiosidade e a motivação para a pesquisa, buscando respostas e construindo conceitos e aprendizagens. Acredito que isso é afetividade, trocar, respeitar, dialogar, aprender junto com o aluno, assumindo um novo papel, o de mediador do conhecimento.
Vasconcelos (1994) entende que a influência do professor em sala de aula é muito grande, seja positiva ou negativa. Não tanto pelo conteúdo que ministra, mas muito mais pelo que ele é como pessoa e pelo seu relacionamento com os alunos.
O professor afetivo é aquele que desenvolve estratégias pedagógicas, educativas, dinâmicas e criativas, demonstra prazer em ensinar, estimulando os alunos e envolvendo-os nas decisões e nos trabalhos do grupo. O professor deve estar centrado na pessoa do aluno, compreendendo suas principais necessidades e incluindo-as no planejamento do ensino.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Reflexões sobre as aprendizagens durante o curso
Percebi durante o curso que já pensava e concordava com as idéias de alguns autores, mesmo sem conhecer suas teorias, como Maturana (Real, 2007) que sustenta que a linguagem se fundamente nas emoções e é a base para a convivência humana, como Freire (Martin, 2007) que coloca como necessário para a educação o diálogo, que pressupõe trocas entre os sujeitos, como Piaget (Martin,2007) que embasa sua teoria na ação, na conscientização, num método que conduza o educando a autonomia, levando em conta os estágios de desenvolvimento em que ele se encontra.
Nunca acreditei na aprendizagem onde o aluno é um simples reprodutor do conteúdo ou onde ele deva apenas memorizar o que o professor transmite. Sempre acreditei na troca de experiências, na interação com os alunos e na relação afetiva entre professor e aluno.
Refleti, quase que diariamente, sobre minha prática, uma questão que esteve presente em todas as interdisciplinas, que é o fato de que nem todos aprendem a mesma coisa ao mesmo tempo. Iniciei meu trabalho sempre trabalhando a mesma coisa com todos ao mesmo tempo e logo passava para outro conteúdo, deixando alguns alunos sem a compreensão do conteúdo anterior e assim sucessivamente.
Hoje entendo a importância de conhecer e compreender os estágios de desenvolvimento da criança, perceber em que estágio a criança está e propor atividades compatíveis com esse estágio, trabalhar com Projetos de Aprendizagem que levem em conta o que os alunos já sabem, conhecer suas dúvidas e certezas, seus interesses, reconhecer nas diferenças uma possibilidade de trocas, saber explorar a riqueza de cada diferença, eliminar o preconceito e a discriminação, investir no processo de humanização, mudar a concepção de aprendizagem como transmissão de conteúdos para aprendizagem que acontece a partir da ação, pois o conhecimento é resultado da ação do sujeito sobre o mundo.
Hoje sei também que é importante proporcionar o trabalho com diferentes formas de linguagens e que é através do trabalho cooperativo e das trocas que cada um vai, de acordo com seu próprio tempo, construindo sua aprendizagem e meu papel é de mediadora, proporcionando desafios que façam os alunos pensarem , fazendo questionamentos para suas reflexões e permitindo que possam expressar suas idéias, aprendendo a argumentar. É um trabalho difícil, que exige muita reflexão do professor e conhecimentos teóricos, mas é o melhor caminho para uma aprendizagem significativa.
Esses são os caminhos para uma educação cooperativa, autônoma e centrada no aluno que leve a uma transformação efetiva da sociedade. A transformação só é possível quando a pessoa acredita ser necessário mudar e sempre num processo dinâmico de dentro para fora, pois sendo assim será significativa. Essa transformação será gradual, mas precisa ser iniciada e nós, como educadores, estamos tendo a oportunidade de aprendermos para iniciarmos essa transformação.
“A cooperação só acontece na aceitação do outro”. (Maturana, 1993).
Conforme Rubem Alves (2005) "nossos sentidos são todos órgãos de abrir-se para o mundo, de ter prazer nele. E qual é a tarefa da educação senão levar-nos a aprender a amar, a sonhar, a construir os próprios caminhos, a descobrir novas formas de ver, ouvir, sentir e refletir, aceitando os desafios dos caminhos no mundo?”.
Nunca acreditei na aprendizagem onde o aluno é um simples reprodutor do conteúdo ou onde ele deva apenas memorizar o que o professor transmite. Sempre acreditei na troca de experiências, na interação com os alunos e na relação afetiva entre professor e aluno.
Refleti, quase que diariamente, sobre minha prática, uma questão que esteve presente em todas as interdisciplinas, que é o fato de que nem todos aprendem a mesma coisa ao mesmo tempo. Iniciei meu trabalho sempre trabalhando a mesma coisa com todos ao mesmo tempo e logo passava para outro conteúdo, deixando alguns alunos sem a compreensão do conteúdo anterior e assim sucessivamente.
Hoje entendo a importância de conhecer e compreender os estágios de desenvolvimento da criança, perceber em que estágio a criança está e propor atividades compatíveis com esse estágio, trabalhar com Projetos de Aprendizagem que levem em conta o que os alunos já sabem, conhecer suas dúvidas e certezas, seus interesses, reconhecer nas diferenças uma possibilidade de trocas, saber explorar a riqueza de cada diferença, eliminar o preconceito e a discriminação, investir no processo de humanização, mudar a concepção de aprendizagem como transmissão de conteúdos para aprendizagem que acontece a partir da ação, pois o conhecimento é resultado da ação do sujeito sobre o mundo.
Hoje sei também que é importante proporcionar o trabalho com diferentes formas de linguagens e que é através do trabalho cooperativo e das trocas que cada um vai, de acordo com seu próprio tempo, construindo sua aprendizagem e meu papel é de mediadora, proporcionando desafios que façam os alunos pensarem , fazendo questionamentos para suas reflexões e permitindo que possam expressar suas idéias, aprendendo a argumentar. É um trabalho difícil, que exige muita reflexão do professor e conhecimentos teóricos, mas é o melhor caminho para uma aprendizagem significativa.
Esses são os caminhos para uma educação cooperativa, autônoma e centrada no aluno que leve a uma transformação efetiva da sociedade. A transformação só é possível quando a pessoa acredita ser necessário mudar e sempre num processo dinâmico de dentro para fora, pois sendo assim será significativa. Essa transformação será gradual, mas precisa ser iniciada e nós, como educadores, estamos tendo a oportunidade de aprendermos para iniciarmos essa transformação.
“A cooperação só acontece na aceitação do outro”. (Maturana, 1993).
Conforme Rubem Alves (2005) "nossos sentidos são todos órgãos de abrir-se para o mundo, de ter prazer nele. E qual é a tarefa da educação senão levar-nos a aprender a amar, a sonhar, a construir os próprios caminhos, a descobrir novas formas de ver, ouvir, sentir e refletir, aceitando os desafios dos caminhos no mundo?”.
Assinar:
Postagens (Atom)