sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Análise da minha prática em relação à avaliação

Quando iniciei meu trabalho há 24 anos atrás, tive uma formação onde a avaliação era unicamente baseada em testes e provas e descontextualizada do cotidiano escolar, ocorrendo apenas ao final de cada bimestre. A avaliação era classificatória, pois servia para “medir” aquilo que os alunos deveriam memorizar e devolver na prova.
Ainda hoje vejo isso acontecendo na escola, ou seja, a avaliação usada como forma de poder, de controle do professor sobre a vida escolar do aluno.
Realizo a avaliação de aprendizagem de meus alunos no dia-a-dia, através da observação do desenvolvimento de sua aprendizagem, se sua maneira de pensar, de suas habilidades, procurando sempre questionar, desafiar e compreender a maneira como cada criança pensa e utiliza sua criatividade para resolver os desafios. No final de cada trimestre, faço a construção dos pareceres descritivos sobre meus alunos, levando em conta aspectos positivos, aquilo que conseguiram desenvolver durante o trimestre, mostrando sempre um crescimento, ou seja, procuro expressar suas dificuldades e ressaltar suas habilidades.
Tenho encontrado muitas dificuldades para realizar a avaliação das crianças com necessidades educacionais especiais, pois não tenho conhecimento suficiente para compreender suas limitações e o que seria melhor para desenvolver suas potencialidades.
Utilizo os resultados dos trabalhos realizados no dia-a-dia para entender em que níveis de pensamento sobre a escrita estão meus alunos e fazer a mediação, propondo atividades e desafios que façam com que o aluno avance em seu nível de pensamento sobre a escrita, chegando a uma escrita alfabética.
Posso aperfeiçoar minha prática pedagógica em relação à avaliação, principalmente, procurando respeitar as diferenças e lembrando sempre que nem todos aprendem a mesma coisa ao mesmo tempo. É importante respeitar o tempo de cada aluno e compreender que o processo de avaliação contínua pode ajudar esse aluno a perceber seus erros e entende-los como forma de melhorar seu processo de aprendizagem, permitindo também ao professor um planejamento flexível e diversificado, preparando auxílios e apoios de diversos tipos para seus alunos.